A Guarda Ambiental de Saquarema realizou, na tarde da quinta-feira, 18, o resgate de um Gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis) e de uma coruja-orelhuda (Asio clamator). O proprietário de um sítio no bairro da Mombaça, encontrou o gavião ferido e sem conseguir voar. Os agentes da Guarda foram acionados e realizaram o resgate. A coruja foi encontrada dentro de um galinheiro, no bairro da Alvorada. Ao capturar o animal, os agentes notaram que a coruja estava com grandes ferimentos nas asas. Ambas as aves foram encaminhadas ao Instituto BW, ONG parceira voltada para a preservação e reabilitação de animais selvagens na Região dos Lagos, onde receberão os tratamentos necessários para, então, serem devolvidas ao seu hábitat. Já na sexta-feira, 19, foi a vez de uma cobra coral, resgatada em Barra Nova. Ao ser constatado que se tratava de uma cobra coral verdadeira, o réptil também foi encaminhado ao Instituto BW, onde permanecerá para estudos e produção de soro antiofídico.
O gavião, a coruja e a cobra
O gavião-caboclo chega a medir 55 cm e tem uma estratégia interessante de sobrevivência: Quando há incêndios ou queimadas, ela pousa nos galhos, bem em frente ao fogo e a poucos metros das labaredas, esperando para capturar pequenos vertebrados e insetos em fuga. Depois, no rescaldo, se alimenta de animais e insetos moribundos ou mortos. E faz isso sem qualquer concorrência, porque o fogo espanta outros gaviões do local. Por conta desse hábito de caça, é chamado também de gavião-fumaça.
A coruja-orelhuda é um animal de hábitos noturnos encontrado em todas as áreas florestais do Brasil, exceto na Amazônia. Pode medir cerca de 40 cm e viver aproximadamente 20 anos, em locais com boa oferta de presas como roedores, morcegos, gambás, insetos grandes, lagartos e rãs. Além de ter uma poderosa visão, essa espécie possui um disco facial bem destacado, que desempenha importante papel na ampliação do volume do som captado, facilitando a localização das presas.
Já cobra-coral-verdadeira é venenosa, mas não dá botes quando se sente ameaçada. Quando atacada ou incomodada, se defende com “mordidas”. Todos os acidentes com humanos ocorrem de maneira ativa, ou seja, após ser a cobra manipulada, contida ou, ainda, quando pisoteada por pessoas com os pés descalços.
A Secretaria Municipal de Segurança, através da Guarda Ambiental de Saquarema, alerta à população sobre a importância de não manipular animais silvestres, pois o contato sem a constatação do seu bom estado sanitário pode ser prejudicial à saúde. A Guarda solicita a quem se deparar com animais silvestres precisando de resgate, seja por estarem fora de seu habitat ou por se encontrarem machucados, que entre em contato pelo telefone 22 99279-0540.